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Criatividade e inovação: quais as diferenças e dicas para estimular

A criatividade e a inovação tem conceitos diferentes, mas ambas estão relacionadas e podem ser aplicadas em conjunto para gerar novas soluções.

Ser criativo envolve pensar em perspectivas inexploradas, criar múltiplas ideias, fazer conexões entre conceitos aparentemente desconectados e desafiar suposições abertamente.

A criatividade pode ser aplicada em diversos campos, desde arte e cultura até ciência e tecnologia. Já a inovação é a implementação bem-sucedida de uma ideia original, transformando-a em algo útil e realmente valioso.

Inovar envolve a capacidade de trazer algo do universo das ideias para o mundo real, traduzindo-o em um produto, serviço, solução, processo ou modelo de negócios que traga benefícios para pessoas ou para a sociedade em geral.

Assim, vamos falar sobre inovação e criatividade de forma separada, pois ficará mais simples compreender suas diferenças e também suas conexões.

Criatividade: a habilidade de gerar ideias novas e originais

Criatividade e  inovação são habilidades cada vez mais necessárias em nosso mundo em constante mudança e evolução. Afinal, elas permitem que as pessoas solucionem problemas de forma diferente do convencional e, assim, transformem o mundo ao seu redor.

Mas, diante de tantas facilidades trazidas pela tecnologia, é perceptível que muitas pessoas adentraram a zona de conforto das automações, e tem deixado de lado o exercício constante da sua capacidade criativa.

Contudo, independente da modernidade e suas facilidades, deixar de estimular a criatividade pode ser prejudicial em muitos aspectos, tanto na vida profissional quanto na pessoal. Sendo assim, vamos destacar algumas formas de resgatar a sua criatividade e manter essa soft skill sempre ativa. 

Estimule sempre a curiosidade e a exploração

Curiosidade e senso de exploração são duas características que podemos observar facilmente nas crianças. Desse modo, é muito provável que você já tenha vivido tempos em que sua curiosidade infantil te levou a explorar mais sobre alguma coisa.

O problema, é que ao longo da vida isso provavelmente foi se perdendo, mas nunca é tarde para resgatar a criatividade adormecida. Sendo assim, uma forma de cultivar a curiosidade de maneira constante é sempre questionar “por quê?” a respeito do mundo ao seu redor – e fora dele.

Quando encontramos uma situação, um cenário, um problema ou ideia, podemos nos perguntar por que as coisas são dessa maneira e explorar diferentes perspectivas e possibilidades. Se trata de estimular o pensamento, sem que necessariamente seja preciso agir sobre o que está observando.

Se manter criativo envolve questionar o “status quo” e buscar novas soluções para esses desafios. Por isso, é importante questionar e não acreditar piamente em suposições pré-definidas, pois isso pode limitar a sua criatividade.

A curiosidade também pode ser estimulada ao fazer perguntas sobre tópicos que não conhecemos, buscando conscientemente viver novas experiências e adquirir novos conhecimentos.

Praticar o pensamento divergente

O pensamento divergente é uma habilidade essencial para resoluções criativas e inovadoras.

Ao contrário do pensamento convergente, que busca uma única solução para um problema, o pensamento divergente busca gerar múltiplas ideias e soluções para um mesmo problema.

Existem várias práticas que podem estimular o pensamento divergente, como os mapas mentais, que são diagramas que ajudam a organizar e conectar ideias de forma visual e não linear. Além disso, outras atividades podem contribuir para ampliar suas perspectivas:

· Leitura de livros e artigos em áreas diversas;

· Participar de grupos de discussão e debates;

· Treinamentos direcionados;

· Explorar novos hobbies e interesses.

Desenvolver e praticar o pensamento divergente é importante não apenas para solucionar problemas, mas também para fortalecer a criatividade e inovação dos profissionais, facilitando a adaptação às dinâmicas de um mercado em constante mudança.

Experimentar e correr riscos

A experimentação é essencial porque permite testar diferentes abordagens – e verificar o que funciona ou não – para assim aprender com os erros e acertos. Por meio da experimentação, é possível descobrir soluções inovadoras que não teriam sido possíveis com abordagens convencionais.

Mas, para experimentar, é preciso estar disposto a correr riscos. Isso porque essa ação envolve a possibilidade de falhar. E isso pode ser visto como uma ameaça à nossa segurança e conforto.

No entanto, é importante lembrar também que grandes avanços e conquistas da humanidade foram obtidos por meio da experimentação e da exposição ao risco.

Inovação: tipos e formas de implementação de uma ideia original

Conforme já mencionamos, a criatividade e inovação andam juntas, mas inovar se refere à implementação bem-sucedida de uma ideia, transformando-a em algo de valor.

Inovação incremental e disruptiva

A inovação incremental é uma melhoria ou aperfeiçoamento em produtos, serviços ou processos já existentes. Sendo assim, ela pode trazer benefícios como aumento de eficiência, redução de custos ou melhorias na qualidade do produto ou serviço.

Já a inovação disruptiva é uma mudança radical que cria uma nova categoria de produtos ou serviços, transformando a forma como as coisas são feitas. Por meio dela é possível criar novos mercados, atender novas necessidades ou criar novos hábitos de consumo.

A inovação disruptiva é mais arriscada, mas pode trazer grandes recompensas para as empresas que a adotam.

Atenção às oportunidades no mercado

Quem inova, primeiro encontra uma oportunidade e a partir dela passa a pensar em maneiras de suprir aquela demanda. Isso se relaciona com entender as necessidades e desejos das pessoas, analisar mercados e suas tendências, e identificar lacunas que possam ser preenchidas de uma forma nova.

A inovação segue um processo. Desse modo, logo após identificar uma oportunidade chega o momento de usar a criatividade para definir como tal demanda de mercado pode ser atendida como nunca antes. Afinal, se trata de inovar! Assim, as ideias novas e criativas precisam nascer.

Nesse contexto, algumas pessoas contam com alguns recursos para o pontapé inicial, como:

· Pesquisa de público-alvo;

· Segmentação de mercado;

· Observação de comportamentos de consumo em massa;

· Análise de mercados totalmente diferentes;

· Análise minuciosa da concorrência, caso haja;

· Brainstorming.

Dentre outras abordagens. O objetivo é gerar o maior número possível de informações relevantes e ideias, sem se preocupar muito com a qualidade delas nessa etapa.

Seleção e desenvolvimento das melhores ideias

Em um segundo momento é importante avaliar cada ideia de forma mais minuciosa, com base em critérios básicos como:

· Viabilidade técnica;

· Viabilidade financeira;

· Potencial de mercado;

· Qualidade da inovação;

· Adequação aos objetivos da empresa.

As ideias selecionadas deverão ser aprimoradas e transformadas em um protótipo – ou modelo mínimo viável. Na sequência, há um trabalho intenso e detalhado que envolve:

· Testes de mercado;

· Refinamentos;

· Lançamento e divulgação do produto ou serviço;

· Monitoria do desempenho;

· Acompanhamento do feedback dos clientes;

· Ajustes e melhorias até um modelo final considerado perfeito.

Até aqui, acredito que ficou claro que, embora a inovação e criatividade sejam coisas diferentes, ambas são fundamentais para a competitividade e o sucesso das empresas – especialmente em um ambiente de negócios cada vez mais complexo.

Conclusão

Para gestores e colaboradores, investir no desenvolvimento de soft skills através de treinamentos pode ser crucial. Afinal, criatividade e inovação são capazes de ajudar as equipes a encontrar soluções assertivas para os desafios que surgem no dia a dia.

Por fim, as duas competências podem contribuir para criar uma cultura de inovação e criatividade, o que pode ser um grande diferencial no mercado. Isso porque as equipes podem se tornar mais flexíveis e adaptáveis, o que é fundamental em qualquer negócio.

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